sábado, 4 de julho de 2015

Jardim Catarina: Heranças malditas de uma "Linha 3" que nunca existiu

No final do ano passado ( 2014) e no inicio do ano corrente o jardim Catarina viu sua paisagem ser drasticamente modificada, a Rua Adelaide Lima local historicamente ocupado por famílias de baixa renda e antiga rota por onde passava a locomotiva  (Trem)  que a algumas décadas já não transita pela região.
Imagem: Rua Adelaide Lima, casas desocupadas que servem de abrigo para marginais e são focos de doenças.Adilson Junior.

Imagem: Construções desocupas da Rua Adelaide Lima. Adilson Junior.

Construções irregulares que existiam no local foram desocupadas pela prefeitura que deu entrada na reintegração de posse, e foram derrubadas por maquinas e homens da lei urbana de São Gonçalo, a desculpa ou justificativa utilizada foi que logo teria inicio a construção da famosa Linha 3 do Metro, até que  em maio do mesmo ano o que todos já sabiam, porem o governo não admitia, aconteceu, a noticia de que a linha 3 nunca sairia do papel cai como uma bomba, obra já desacreditada na mídia e pela população Gonçalense, porem os “preparativos” já haviam sido iniciados, casas foram derrubadas e moradores que habitavam as construções há décadas  tiveram de sair, toda uma dinâmica espacial foi desconstruída pelo discurso do progresso e viabilizada pela necessidade na melhoria das condições do transporte publico no município.
Porem, a Rua Adelaide Lima, localizada na entrada do jardim Catarina, teve seus moradores desmobilizados e sua dinâmica modificada por tal discurso, o que resta são escombros que podem causar acidentes, acumular aguas e causar dengue e servir de esconderijo para marginais, o que vem ocorrendo com frequência.

Imagem: Derrubada das residencias por maquina da Prefeitura, Jornal O São Gonçalo

A pergunta que fica no ar é, já que as casa foram derrubadas o que a Prefeitura Municipal de são Gonçalo pretende fazer com o espaço? Manter abandonado e servindo de foco de doenças e esconderijo para bandidos? Ou já existe um projeto de reurbanização da área? A população do Jardim Catarina não esta mais aguentando tal descaso do poder publico com o bairro mais influente do município, afinal são mais de 77 mil habitantes, o que torna o bairro uma área eleitoral considerável em um município com cerca de 900 mil pessoas.

Fontes:


terça-feira, 24 de março de 2015

A Historia do Jardim Catarina, um resgate de sua memória.

"Um povo sem memória é um povo sem história" - Assis; Chico. 


Um pouco de Geografia, um pouco de memória. 
Conhecer a historia do lugar onde nascemos é parte importante do processo para criarmos vínculos com o espaço, os chamados laços afetivos, parte importante no processo de formação social das crianças e adolescentes é conhecer lugar onde vivemos, torna-o parte de nossas vidas, e faz com que demos maior importância a cosias cotidianas como o convívio social e preservação de nossa própria historia, o texto a baixo relata um pouco da historia escrita do Bairro jardim Catarina e foi retirado de um portal on line que trata de assuntos do bairro, a ideia do blog é integrar a comunidade em um projeto de resgate da sua memoria, construindo coletivamente um trabalho em busca de resignificar nossa morada para nos moradores e para mostrar as outros que nosso bairro não é somente um lugar de violência e abando,   estou em busca de relatos e fotografias que possam nos contar um pouco do que aconteceu em nossa bairro desde sua fundação oficial em 1949, procuro moradores antigos para que queiram contribuir com seus relatos  me contando um pouco do que viveram aqui e como eles enfrentam as modificações sofridas na paisagem do bairro ao longo dessas décadas que se passaram. 
este trabalha esta sendo construído juntamente e buscando contribuir com o trabalho realizado na UERJ/FFP pelo grupo de pesquisa e extensão UERJ Fora dos Muros.

Fotografia aérea de parte do bairro: Fonte - Internet.

A História do Bairro



O Jardim Catarina é um bairro do município de São Gonçalo no estado do Rio de Janeiro que pertence ao terceiro Distrito do município denominado Monjolos. Este distrito recebeu este nome devido a grande quantidade dessas arvores (monjolo) existente na região. Este distrito fora criado pelo decreto estadual 641 de 15/12/1938 e designado como 3º Distrito pela lei estadual 1063 de 28/01/1944. neste distrito fora explorado por muito tempo o calcário para produção de cimento pela Companhia Nacional de Cimento Portland em Guaxindiba. Jardim Catarina é considerado o maior Loteamento da América Latina, apesar de possuir uma faixa de terra menor do que outros bairros localizados em São Gonçalo, recebeu este título devido a grande quantidade de lotes 12x30m. 


Placa localizada na BR101.


Fundação do bairro Jardim Catarina



O bairro foi fundado em 1949, era uma grande fazenda usada para o cultivo de laranja, de onde advém sua primeira denominação, Laranjal. Em 1953 o proprietário do antigo laranjal 
( constituindo atualmente pelo Jardim Catarina e pelo loteamento laranjal) vendeu as terras para 4 sócios que formaram a imobiliária e Administradora Jardim Catarina, fazendo lotes na área entre o Rio Alcântara e o que hoje é a Padre Vieira, esquina com a rua Ouro fino. Posteriormente a administração do terreno foi transferida para o Solar Organização Loteamento e administração LTDA que em 1965 parcelou a área entre as vias citadas até a Rua Lamartine Babo. Nessa época o Prefeito de são Gonçalo era o Sr. Joaquim Lavoura, que junto com o governo municipal tendo como objetivo captar recursos em vista da falência das fazendas (pequenos produtores) e do emergente êxodo rural rumo aos grandes centros, autorizou o loteamento clandestino do bairro que foi feito sem nenhuma infra-estrutura. 

O bairro esta situado ao nível do mar e sua área total é maior que o município de Nilópolis. 



A origem do Jardim Catarina remonta a antiga Fazenda Laranjal, cujo o seu proprietário foi o senhor Júlio Pedroso Lima que a comprou em 26 de junho de 1903 do Banco da Republica do Brasil S/A. Nesta fazenda ao lado da casa grande havia uma capela, quinze casas destinadas aos colonos da fazenda, o engenho e a Escola Rural (para os filhos dos colonos da fazenda ) . 
Mapa do Bairro: Fonte Google maps.





Após a morte de seu proprietário em 1925, a escola foi doada a prefeitura. A partir de 1947, Júlio Pedroso Lima Júnior, filho do proprietário da Fazenda vendeu alguns lotes de terra ao Bispo D. João da Matta, na localidade hoje denominada Santa Luzia este doou uma parte da terra para construção de uma capela e outra parte para aumentar a área das terras da escola. As casas construídas na fazenda foram doadas aos seus moradores ( colonos e posseiros). Em 1932, a fazenda passou a ser adiministrada pelo seu sobrinho Américo Lima. Foi loteada pelo seu neto Antônio de Barros Lima Filho. Suas partes deram origem aos atuais bairros Laranjal, Santa Luzia, Boa Vista e Jardim Catarina.


Fontes: 


http://www.amajac.org/historia.htm

http://www.jardimcatarina.jex.com.br/historia+do+bairro/historia+do+bairro

Imagens: Acervo pessoal - Adilson Silva Junior

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Alagamentos


Com essa postagem tenho o intuito de propor um trabalho coletivo, ou seja,  peço a colaboração de todos os moradores,  janeiro de 2015 não começou agradável para os moradores da Rua Carlos Gillianne antiga rua 39, devido a um alagamento que ocorreu devido as fortes chuvas que caíram no dia 28/01/15, conversando com uma moradora da rua descobri que esse não foi o primeiro e que isso vem se tornado uma constante problemática para os que ali residem,  gostaria de propor um trabalho coletivo para que futuramente possa ser organizado um mapeamento dos das áreas de alagamento do bairro, se você reside em uma rua que sofra com esse problema peço que me envie fotografias do ocorrido, com a data e nome da rua, para que eu possa começar a elaborar esses estudo, o intuito é futuramente cobrar da prefeitura ações que promovam uma solução para esse problema.

Seguem abaixo algumas fotos que tirei do alagamento da Rua Carlos Gilliane.



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Observação sobre o transporte público


Em minha primeira postagem vou tratar de um assunto que atinge diretamente todos os moradores do nosso bairro, o transporte público ou a falta de transporte público de qualidade, morando em nosso bairro a mais de 25 anos sei de nossas necessidades, nosso bairro e guarnecido por “duas” empresas que oferecem o serviço de transporte público, Icaraí e Rio Ita, elas fazem o itinerário municipal das linhas 12, 12A, 13, 13ª, 17, e 17A no caso da Icaraí, e o itinerário intermunicipal que leva ate a Cidade de Niterói fica a cargo da Rio Ita, com as linhas 482,483 e 572 a Rio Ita também é dona da linha 14 que leva ate o Coroado,  segundo a ultima licitação temos duas Kombis regularizadas para a tarifa social circulando no bairro.
Mas aonde quero chegar? Você deve estar se perguntado, o grande problema alem é claro do preço das passagens, que é de 2,80 atualmente, para um trajeto de 15 minutos entre o bairro e Alcântara  ou um pouco maior caso se vá a o centro do município, é o Itinerário dos ônibus que apenas abrangem a Rua principal à Albino Imparato, que é sim insuficiente para atender as demandas de um contingente populacional de mais de 70.000 pessoas existentes no bairro, há áreas de grande densidade populacional, como a Ipuca e a área que se inicia na Rua 46, onde moram muitas pessoas e por onde o transporte público passa bem longe, obrigando esses moradores a andarem muito, ate chegaram na rua principal para ai sim esperarem (e muito) pelo transporte que não tem horário regular.

Outro problema que pode ser constatado com uma rápida observação é a falta da demarcação dos pontos dos ônibus, eu costumo dizer que ponto de ônibus em São Gonçalo é algo cultural, pois não sabemos onde são os oficiais, mas sabemos onde eles param com frequência, ou sempre falamos - me deixa na próxima esquina motorista -, o problema é exatamente a estrutura, pois sem demarcação nos realmente não temos ponto de ônibus, sabe aquela estrutura com banco e cobertura?  Aqui no bairro só existe uma, ela fica localizada na praça da lona cultural, e esta largada faz anos.
Problemas observados até aqui.
·         Itinerários que não atendem as necessidades de todo o bairro
·         Horários irregulares
·         Falta de demarcação dos pontos de ônibus
·         Falta de estruturas de pontos de ônibus
A quem devermos cobrar?
Medidas para o melhoramento devem ser cobradas da secretaria municipal de transportes, que esta sobre responsabilidade do secretário Jonadab Carmo de Souza, indicado pelo atual prefeito da cidade Neilton Mulin, enviarei um email para nosso secretário, caso aja alguma resposta reportarei no blog logo em seguida.
Contato da secretaria
Endereço: Rua Uricina Vargas, 36 – Alcântara - SG
Telefones: 3262-3573 / 3578
Conhece mais algum problema dos transportes em nosso bairro? Comente aqui, entre em contato com a secretaria, vamos cobrar os nossos direitos, em coro seremos uma única voz.

Adilson Junior, Professor, Observado e Morador.